A psicanálise, criada por Sigmund Freud, se destacou na década de 1920 e é reconhecida como um método para investigar processos mentais inconscientes, inacessíveis por outras vias. Sua aplicação se dá tanto na pesquisa quanto no tratamento clínico de distúrbios neuróticos. Freud descreveu a psicanálise como uma forma de acessar o inconsciente, que determina nossos pensamentos e comportamentos, influenciando nossas decisões conscientes.

Na prática clínica, o método psicanalítico utiliza a "associação livre", na qual o paciente expressa seus pensamentos sem censura, permitindo que desejos e conflitos inconscientes surjam. O analista, por sua vez, pratica uma "atenção flutuante", ouvindo não só o conteúdo explícito do discurso, mas a intensidade dos afetos envolvidos. A transferência é um elemento crucial, pois envolve a projeção de sentimentos do paciente no analista, facilitando a exploração e transformação dos conflitos internos. 
 

A psicanálise, enquanto disciplina, admite variações teóricas desde que mantenham o foco no inconsciente e utilizem a fala como principal ferramenta terapêutica. Mantém-se laica e se distingue por evitar reduções simplistas do psiquismo ao orgânico, preservando sua metodologia única.